Se o futebol foi apenas, Espanha e Portugal não teria encontrado na quarta-feira no Campeonato, mas no final. As duas melhores equipes da competição teve que ser medido antes da nomeação que vai decidir quem melhor equipe da Europa. Portugal fez o seu caminho mais do que suficiente durante todo o jogo, por ter tido a pontuação a seu favor, mas o Campeão do Mundo e da Europa teve mais sorte. Nada mais.
Se 90 minutos foram Português, Espanhol e da extensão das sanções era apenas são uma loteria, neste caso, eu toco o espanhol. Mas Portugal não tem que se acostumar. Ten uma equipa com talento, com esperança, não demorou muito para fazer algo grande, muito grande no mundo do futebol … porque Portugal é grande.
Paulo Bento tinha prometido uma equipa de coragem e foi isso mesmo que se viu na Donbass Arena. Portugal conseguiu, durante quase toda a primeira parte, anular o futebol de “toca e vai” dos espanhóis e só por duas ou três vezes a classe rival veio ao de cima.
Primeiro numa iniciativa de Iniesta na esquerda, que terminou com um remate de Arbeloa por cima e depois o próprio médio do Barcelona a atirar por cima. Foram as duas “meias ocasiões” de Espanha, às quais Portugal respondeu com um remate de Cristiano Ronaldo, de pé esquerdo, que saiu muito, muito perto do poste esquerdo da baliza de Casillas.
A equipa das quinas controlou na perfeição uma segunda parte muito tática, mas em que as melhores chances caíram para o lado nacional, com destaque para dois remates fortes, mas ao lado, de Hugo Almeida e outros tantos livres de Ronaldo sem a direção desejada.
Tudo adiado para o prolongamento e no tempo extra, aí sim, a Espanha mostrou o porquê de ser campeã europeia e mundial. Grande exibição espanhola, mas faltava testar outra das armas portuguesas. Rui Patrício foi enorme ao travar os remates de Iniesta e de Jesús Navas e lançou a meia-final para as grandes penalidades.
E tudo podia ter corrido de forma bem diferente. Rui Patrício defendeu logo o primeiro penálti (Xabi Alonso), mas, logo a seguir, Moutinho não conseguiu capitalizar vantagem, seguindo-se remates bem sucedidos de Iniesta, Pepe, Piqué, Nani e Sergio Ramos. Era tempo de Bruno Alves, mas o central acertou em cheio na quina do poste e deu a oportunidade de Fàbregas apurar a Espanha. E como a sorte nunca esteve propriamente do lado de Portugal neste Europeu – ao todo foram seis bolas aos ferros -, o médio do Barcelona também acertou no poste, mas a bola entrou na baliza. Acabou o sonho portugués…injustamente.